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VIGNO e o protagonismo da Carignam no Vale de Maule

Atualizado: 12 de abr. de 2021



Por 400 anos ou mais, os muitos pequenos agricultores de subsistência da região do Maule ganharam a vida com uvas e azeitonas e criaram algumas ovelhas e cabras. Os vinhedos com suas vinhas velhas e de baixo rendimento e técnicas de viticultura tradicionais passaram de geração em geração. Todavia um desinteresse crescente pela pratica da viticultura local estava crescendo.


Assim, à medida que as gerações mais velhas envelheciam para cultivar a terra, as gerações mais novas tomaram progressivamente a decisão de se mudar para as áreas urbanas. Assim muitos dos antigos vinhedos de uva Pais e Carignan, foram ficando ociosos ou foram totalmente perdidos.


Produtores locais, inspirados pelas demais regiões chilenas, buscavam variedades internacionais, afim de produzir os vinhos da moda, que os mercados de exportação tanto demandavam.


.Foi na década de 1990 todavia, que um grupo de produtores, percebeu que alguns vinhos muito interessantes podiam ser feitos a partir de algumas destas vinhas velhas de baixo rendimento, em particular da variedade Carignan.


Foi então que Andrés Sánchez, o enólogo da adega Gillmore teve a ideia inicial de constituir uma associação com o objectivo de salvaguardar as restantes vinhas velhas de Carignan e o know-how vitícola dos produtores locais. Ele e o jornalista Eduardo Breithauer divulgaram a ideia entre outros produtores de vinho e, após muita discussão, o projeto Vigno nasceu em 2010.


Quais são as regras para rotular um vinho como Vigno?


O vinho deve atender às seguintes características:

  • As uvas devem ser provenientes de vinhas de cultivo seco, gobelet ou arbusto treinado, com pelo menos 30 anos de idade e localizadas na área conhecida como Maule Secano;

  • 70% ou mais da mistura deve ser a base da variedade Carignan e as outras uvas devem atender aos mesmos critérios que as uvas Carignan;

  • O vinho deve ser envelhecido por um período mínimo de dois anos entre barrica e garrafa ( a preferencia do produtor)

  • A palavra “Vigno” com sua fonte definida deve estar em destaque no rótulo

  • O rótulo não pode incluir os termos “Reserva” ou “Gran Reserva”, mas pode indicar “Vinhas Velhas” e / ou “Agricultura a seco” ( Dry farmed / Secano )


Uma marca compartilhada


Os produtores da Vigno desenvolveram uma marca, que usam no rótulo de seus produtos, junto com sua própria marca corporativa e compartilharam campanhas de marketing, incluindo um site da Vigno, um folheto e um estande da Vigno em feiras de vinho. Dado que se trata de produções necessariamente em pequena escala, a união de forças para o marketing faz sentido financeiro e ajuda a fortalecer a imagem internacionalmente.

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